Pequena História da Comunidade
O povoamento do Morro foi aumentando devagar no século XX, sendo que a partir de 1925 várias famílias foram chegando, muitas eram de afro-descendentes vindos da grande Florianópolis. Esta região continental pertenceu ao município e Paróquia de São José até meados da década de 1940.
Para as celebrações religiosas as famílias iam geralmente na Igreja de Coqueiros, Capoeiras ou na do Estreito. Até 1944 todas essas igrejas eram ‘capelas’ da Paróquia de São José, na época atendidas pelos Freis Franciscanos. Nesse ano em 25 de novembro foi criada a Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Santa Teresinha do Menino Jesus no Estreito e logo o Distrito passou a pertencera Florianópolis.
Os moradores de origem afro trouxeram a dança do ‘Cacumbi’, manifestação cultural afro-brasileira. O ‘Cacumbi’ foi uma forma inculturada para homenagear a Mãe de Jesus com o título de Nossa Senhora do Rosário e também homenagear o santo de origem africana São Benedito. O ‘Cacumbi’ foi uma forma de resistência cultural e religiosa.
No Morro da Caixa o Grupo de Cacumbi tinha como ‘puxador’ o ‘Capitão Francisco Amaro Campos’. O Grupo foi iniciado em 1930, promessa que Francisco Amaro, nascido em Biguaçu, tinha feito ao seu pai de continuar a tradição do’Cacumbi’.
O ritual envolvia instrumentos musicais, danças e roupagens características. Havia estandartes, coroava-se reis e rainhas e, com trovas e procissões, percorriam-se as ruas homenageando os santos de devoção ou entravam nas igrejas quando era permitido.
A cena principal do Cacumbi do ‘Capitão Amaro’ era o motim dos ‘marinheiros’ que pedem seu pagamento para o ‘capitão’. A coreografia era
composta por duas alas de homens vestidos de marinheiros e uma mulher que carregava a ‘bandeira’.
O Grupo após a morte do ‘Capitão Amaro’ no início da década de 1990 foi parando de se apresentar.
O Padre Quinto Davide Baldessar chegou na Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Santa Teresinha do Menino Jesus do Estreito em janeiro de 1960. Ele com a ajuda de seus vigários vendo que os bairros do Continente iam aumentando em população, surgiam novos loteamentos, resolveram adquirir áreas de terras e inicialmente construir ‘Barracões’ de madeira para a celebração de missas, atendimentos pastorais e atividades comunitárias como a catequese, cursos, encontros de formação, reuniões comunitárias…
Os ‘Barracões’ mediam 20 metros de cumprimento por 10 metros de largura. Foram esses ‘barracões’ embriões de muitas ‘Capelas’ e Paróquias na região continental de Florianópolis.
O ‘Barracão’ do Morro da Caixa D’Água foi dedicado a São Judas Tadeu sendo construído em meados de 1967.
Em julho de 1972 foi criada a Paróquia de Nossa Senhora do Carmo de Coqueiros tendo como Igreja Matriz a Igreja da Santa Cruz do Arraial dos Coqueiros que teve sua origem em 1883. A Paróquia de Coqueiros foi entregue aos padres Carmelitas Descalços que começaram a atender também a comunidade de São Judas Tadeu. A Igreja que era naquele barracão de madeira resistiu com algumas reformas até 1992 quando em 28 de março foi abençoada a Pedra Fundamental da nova Igreja de São Judas Tadeu com dois pisos. A antiga construção de madeira estava condenada. O Frei Miguel Ángel Fernández Pefia OCD foi o maior incentivador da obra.
Em julho de 2012 esta igreja devido a infiltrações e a ameaça de desabamento do telhado, precisou passar por uma grande reforma e remodelação litúrgica. O frei Hermínio Gil Lara OCD já vinha movimentando a comunidade para essa reforma e o pároco seguinte Frei Elio L. Grings OCD deu grande apoio para a reforma.
Os freis Carmelitas atenderam a Paróquia até 2014 quando a entregaram ao Clero Arquidiocesano. O atual Pároco Padre Flávio Feler assumiu a Paróquia em janeiro de 2015.
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