A paixão delas é pela verdadeira última geração
Os avós são um problema! Se você der um celular de presente a eles, eles vão esquecê-los no porta-luvas do carro, e guardá-los para usar somente em uma emergência, o que dificilmente acontecerá.
Mas a Ciência concentra seus estudos hoje na figura da “tecno-avó”, chamada também de “a senhora que descobriu os computadores e o celular”.
Ela não é uma nativa digital, mas usa com forte obstinação a função “Ajuda” do computador.
Como criança quando aprende a pintar, ela descreve minuciosamente, em voz alta, todos os passos que segue para acessar uma função (“agora vou em “iniciar”, “agora clico duas vezes para abrir a página”).
A “tecno-avó” cria um perfil no Facebook, pede amizade aos netos adolescentes e comenta as fotos deles no mar, lembrando como era legal quando ela os levava para alguma cidade durante as férias. Assim, ela acaba minando a credibilidade social deles… Mas tudo bem…
A “tecno-avó”, naturalmente, não sabe inglês. Por isso, se sente frustrada cada vez que aparece na tela um aviso ou uma proposta comercial escrita no idioma.
A “tecno-avó” possui celulares com tecnologia muito avançadas e se contenta em usar somente a função de chamada. Quando um parente complacente consegue instalar o Whatsapp, ela o usa para se juntar aos grupos paroquiais, onde circulam imagens de amanheceres sobre o mar com as palavras “Bom dia”.
Querida “tecno-avó”, sabemos que sua comovedora obstinação não é outra coisa senão o temor de perder o contato com quem você ama. Sim, você precisa falar e nós nos queremos um convite para jantar e provar mais uma vez seu parmegiana de berinjelas. A senhora tem a janela aberta. Pode mandar o convite, pelo Whatsapp ou pela pomba mensageira.
Por Emanuele Fant en Credere (traduzido e adaptado ao português).
Via Aleteia