Fernando Anísio Batista
Com a Encíclica “Laudato Si – sobre o cuidado da casa comum”, lançada no dia 18 de junho de 2015, o Papa vai além de uma análise ou constatação da situação da degradação ambiental da atualidade. Francisco convida a uma renovação de compromisso com a criação, tarefa de grande responsabilidade que Deus deu ao ser humano: “cultivar e preservar o jardim que o próprio Deus criou” (Gn 2,15).
No lançamento, o Papa explicou que o nome da Encíclica foi inspirado na invocação de São Francisco “Louvado sejas, meu Senhor”. No Cântico das Criaturas, recorda que a terra é como uma irmã e uma mãe.
Os seis capítulos fazem um itinerário que propõe uma nova relação entre o homem e toda a criação. São eles: “O que está acontecendo com a nossa casa”, “O Evangelho da criação”, “A raiz humana da crise ecológica”, “Uma ecologia integral”, “Algumas linhas de orientação e ação” e “Educação e espiritualidade ecológicas”.
Ao longo de todo texto, Papa Francisco convida a ouvir os gemidos da criação, exorta a “mudar de rumo” e assumir a responsabilidade para o “cuidado da casa comum”. Com tristeza reconhece: “nunca temos ofendido nossa casa comum como nos últimos dois séculos”.
É a primeira vez que um Papa aborda o tema da ecologia no sentido de uma ecologia integral (que vai além da ambiental). Introduz o tema dentro do novo paradigma ecológico, em uma abordagem que nenhum documento oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) fez até hoje.
No texto há leveza, poesia, alegria e uma inabalável esperança de que se grande é a ameaça, maior ainda é a oportunidade de solução dos problemas ecológicos. Aceite o convite feito pelo Papa, converta- se à ecologia integral.
Fonte: Jornal da Arquidiocese